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Abril Azul - Mês da Conscientização do Autismo


O Dia Mundial da Conscientização do Autismo foi criado em 2 de Abril de 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que elegeu essa data com o objetivo de levar informação à população e combater o preconceito contra os indivíduos que apresentam essa condição.


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) – ou simplesmente autismo – é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que no Brasil haja cerca de 2 milhões de autistas.


Ao que tudo indica, as primeiras evidências de pessoas com autismo datam do ano de 1938, quando o psiquiatra austríaco Leo Kanner, a partir de um estudo clínico, observou pacientes portadores de esquizofrenia apresentando comportamentos atípicos de interação social. Esses estudos foram essenciais para que o 1º caso fosse descoberto.


Contudo, foi apenas em 1993 que o autismo foi reconhecido e adicionado à Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS).



Características do Autismo

As principais características do TEA estão relacionadas à prejuízos na interação social e comunicação, incluindo:


  • Movimentos repetitivos;

  • Repertório restrito de interesses;

  • Empilhar ou enfileirar objetos;

  • Organizar brinquedos por categorias: cor, tamanho, modelo;

  • Colecionar e acumular itens;

  • Dificuldade em fixar o olhar em outra pessoa;

  • Atraso na fala de palavras isoladas ou frases simples;

  • Não mostrar interesse em brincar com outras crianças;

  • Não interagir com outras pessoas;

  • Regressão ou perda de habilidades de linguagem previamente adquiridas;

  • Atraso no uso dos gestos;

  • Gostar de brincar sempre com o mesmo brinquedo ou objeto;

  • Frieza emocional;

  • Dificuldade em focar-se numa tarefa simples e concretizá-la;

  • Hábito de balançar ou bater as mãos;

  • Apego à rotina;

  • Dificuldade em acatar regras simples (como respeitar o lugar da fila);

  • Agitação ao sair de casa e frequentar ambientes externos.


Porém, essas características irão depender do nível de classificação da pessoa com TEA.

De acordo com o DSM — Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, o autismo é dividido em três níveis: leve, moderado e severo, conforme as características da pessoa e sua necessidade de ajuda.


As pessoas que se enquadram em autismo leve precisam de menos suporte. Já as que estão no nível moderado, precisam de mais apoio para determinadas atividades, enquanto aquelas com o tipo mais grave de autismo precisam de muita assistência para realizar atividades cotidianas durante toda a vida.



Diagnóstico

Normalmente, o TEA é identificado ainda na primeira infância, na qual, em grande parte dos casos, os sintomas podem ocorrer antes dos 3 anos, conforme Associação Americana de Autismo. Ainda assim, o diagnóstico deve ser feito a partir dos 3 anos de idade.


Além disso, ao diagnosticar a pessoa com autismo, é preciso seguir os critérios estabelecidos por meio dos manuais oficiais, justamente porque, sem eles, seria impossível diagnosticar corretamente, bem como identificar os níveis de gravidade.


As causas do autismo atualmente são desconhecidas, alguns especialistas acreditam que a herança genética desempenha papel muito importante. Outros atribuem ao suposto papel de infecções durante a gravidez e até mesmo fatores ambientais, como a poluição.


Com isso, nem mesmo um exame genético é capaz de afirmar com precisão a incidência desta condição. Por esse motivo, o diagnóstico só pode ser realizado por um médico, geralmente por meio da observação clínica com o auxílio de questionários protocolados e de entrevistas com os pais e familiares.



Tratamento

O autismo não tem cura, por isso, quanto mais cedo a pessoa com TEA for diagnosticada, melhores serão as opções e oportunidades de tratamentos capazes de minimizar os danos causados e melhorar a qualidade de vida do autista e de sua família.


Os tratamentos podem variar de acordo com a gravidade de cada caso, por isso é fundamental o auxílio de um profissional capacitado que fará a recomendação mais adequada de acordo com a necessidade do paciente.

Os mais comuns, seja em casos leves ou graves, podem incluir desde remédios e alimentação saudável até o uso de Terapia Comportamental (TC) e acompanhamento especializado com Fonoaudiólogo, por exemplo.



Conscientização do autismo

Indivíduos com TEA podem e devem conquistar seu espaço na sociedade. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, existem características positivas que tornam essas pessoas únicas.


Além do amor incondicional que eles sentem, pessoas com autismo possuem excelente memória e conseguem se lembrar de informações que leram semanas atrás.


Frequentemente também se saem melhores em testes de inteligência não verbais e, pelo fato de ser comum a concentração em áreas específicas do conhecimento, se destacam pelas habilidades e tornam-se verdadeiros talentos!


Por isso, a conscientização e o respeito é o melhor caminho para combater o preconceito e apoiá-los a desenvolverem o seu máximo potencial!



Fonoaudiologia

O acompanhamento com o fonoaudiólogo é um dos tratamentos mais procurados e eficientes, o que o torna fundamental para melhorar a comunicação verbal da pessoa com o espectro autista, principalmente no relacionamento com outras pessoas.


Por isso, aqui na Humanitas, formamos e capacitamos profissionais preparados para os desafios do atendimento aos pacientes com TEA, auxiliando na comunicação e interação social dos diferentes níveis do espectro, buscando simplificar e humanizar o ensino da fala e das habilidades sociais.


Já conhece o curso de Pós-Graduação em Fonoaudiologia em Linguagem com Ênfase no Transtorno do Espectro Autista? Ele é o curso perfeito para quem busca se especializar e conhecer mais sobre o Transtorno do Espectro Autista. Você também pode nos acompanhar pelas redes sociais e ficar por dentro de tudo que acontece por aqui!


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